Palavras do autor: "Nesse livro em especial não me prendi a nada; fiz como fazia nos palcos: montei um personagem e deixei fluir tudo na sua sintonia. O protagonista, Luiz Aurélio, encontra-se num estado de perturbação mental contínuo: não existe mais verdade ou ilusão; existe a sua realidade tragicômica tosca de perdas super valorizadas e ciúmes." Apresentação do livro: É verdade, eu matei o cozinheiro. Em momento algum deste livro negarei que matei o sórdido cozinheiro com minhas próprias mãos de escrever versos. Havia motivo claro em saciar-se com a sua morte, morte de quem por carne e gozo objetou-se ao incomensurável amor que me tornava tão puro. Eu estripei-o com suas facas imundas de trabalho banal, e escalpelei por mimo infantil, de criança brincalhona, ao ver os índios e escalpes na TV. Matei o demônio com noventa facadas, cultivando um novo demônio sanguinário em mim, portanto não negarei ter feito a coisa mais maravilhosa que eu poderia fazer por minha inconsequência gloriosa naquele momento: Eu matei o cozinheiro. A morte do cozinheiro já deve ser considerada uma das obras literárias mais intensas e atuais sobre a dor de cotovelo e o ciúme. De forma singular o autor nos guia sem medo até o amor doente de Luiz Aurélio e as psicoses novas da recente solidão induzida. A derrota do ”eu” exaltado, o abandono, e a morte que pede lugar ao descontentamento puramente egoísta caminham livres. Vemos um jogo de querer e não poder, que desenrola o frágil espírito do ser humano desiludido de amor. Usando a mescla de linguagens necessária em sua abordagem diferenciada, Allan Pitz atormenta os corações abalados neste livro memorável e instigante, fazendo enxergar com outros olhos a parte considerada cruel de uma trágica história romântica.
Esse livro é mais um dos 13 que estão viajando na Booktour do selo Brasileiro e nele Allan Pittz nos mostra um personagem visceral, passional que matou o cozinheiro. Ele não tenta e não pode negar esse fato, ele matou o cozinheiro por uma série de motivos que ele explica no livro, não vou adiantar.
O que mais me surpreendeu e me prendeu na obra é o tom emocionado do nosso assassino explicando seus motivos, seus amor incondicional e até doentio pela jovem moça Carmem, como ele consegui ficar com ela e como a mãe dela conseguiu separa-los,e o mais importante, nunca gostou dele, mas aceitou de bom coração o cozinheiro.
A obra é curta, o tom é raivoso, cheio de rancor e ódio pelo cozinheiro maldito que lhe roubou a felicidade, mostra a dor de um homem que perdeu a mulher amada e tomou a atitude mais drástica do mundo, MATOU o cozinheiro que Luiz, nosso assassino, julga ser o responsável por tudo isso.
O livro é curto, 78 páginas, infelizmente pois é tão intrigante que merecia mais páginas e é claro que nos deixa com um gosto enorme de quero mais ao terminar, queria continuação, queria saber o que acontece depois, quando ele finalmente consegue o que quer depois de matar o cozinheiro, o que acontece? Allan Pitz em que escrever mais desse escritor e sua amada Carmem.
É isso, eu adorei esse livro e recomendo ele altamente!
Ai, final de ano tempo de amigo secreto na empresa, esse é um ótimo presente( só não serve se vc trabalha no restaurante e tirou o Chef), tá serve, se vc é cozinheiro vai gostar tb!
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Beijos Malditos
Susana Weiss
Parabéns pela resenha Susana! Já li A Morte do Cozinheiro e curti bastante. Beijos!
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