Chris
Astor é um homem de seus quarenta e poucos anos que está passando pelo mais
difícil trecho de sua vida. Ele tem uma filha, Becky, de 14 anos, que já passou
imensas dificuldades até chegar a se tornar uma moça vibrante e alegre, mas que
parece que terá que enfrentar mais um grande problema em sua vida. Quando Becky
era pequena e teve câncer, Chris e ela inventaram um conto de fadas, uma
fantasia infantil que adquiriu vida e tornou-se um terrível, provavelmente
fatal, problema. Agora, Chris, Becky e Miea (a jovem rainha da fantasia criada
por pai e filha) terão que desvendar um segredo: o segredo de por que seus
mundos de fantasia e realidade se juntaram neste momento. O segredo para o
propósito disso tudo. O segredo para o futuro. É um segredo que, se descoberto,
irá redefinir a mente de todos eles.A menina que semeava é um romance de
esforço e esperança, invenção e redescoberta. Ele pode muito bem levá-lo a
algum lugar que você nunca imaginou que existisse. Uma fantasia que trabalha
assuntos densos como a separação dos pais, oncologia infantil, separação de
filha e pai, adolescência. A menina que semeava não é um livro sobre
adolescentes comuns. É sobre uma que se deparou prematuramente com a ameaça do
fim e teve de tentar aprender a lidar com ele. SKOOB
Pela sinopse, eu suspeitei que fosse uma
leitura triste e complicada, mas não imaginava que este livro pudesse ter tanto
sofrimento. O inicio já é meio confuso, pois, como diz a minha avó, “já pegamos
o bonde andando”. No inicio já conhecemos a historia de Chris Astor, um
botânico bem-sucedido, e sua filha Becky, que aos 5 anos foi diagnosticada com
câncer. Para tentar amenizar o sofrimento da filha, Chis criou um mundo só para
ela, onde ela poderia se refugiar quando as coisas ficassem muito complicadas;
esse mundo se chamava Tamarisk: um lugar mágico repleto de seres misteriosos e plantas magníficas (o
mundo perfeito para a fantasia de uma criança). Mas, com o passar dos anos, as
coisas mudam: Becky foi crescendo e agora já é uma adolescente com 14 anos e o
câncer voltou, então mais uma vez ela recore ao seu mundo particular.
Polly, a mãe da Becky, nunca acreditou
nesse mundo de fantasias, pelo contrario, ela era uma pessoa realista e sem
imaginação, pois não entendia o que esse novo mundo significava para sua filha
e para seu marido, inclusive varias vezes ela disse que eles deviam procurar
ajuda psicológica. Agora, aos 14 anos, seus pais estão divorciados e com o
passar do tempo percebemos que aquela ligação que unia Becky e Chis não existe
mais e, para enfrentar essa situação, ela sabe que vai precisar desse apoio e
que de algum jeito vai ter que recupera-lo.
Esse livro não é pra qualquer um, não pelo
fato de vermos uma criança doente, o que por si já gera uma situação de fortes
emoções, mas pelo fato de se tratar de um livro que nos faz ver e compreender
as “relações familiares”: até que ponto chega o amor de um pai, até onde o ser
humano esta disposto a ir para alcançar seus sonhos?
Também percebemos o quanto necessitamos do
apoio daqueles a quem amamos para podermos superar os momentos críticos. Uma
pessoa sozinha não é ninguém, uma pessoa que tem o apoio incondicional da
família é uma pessoa rica, pois não existe nada mais precioso do que esse sentimento.
Não importa se você vive 14 ou 100 anos, o que importa é o que você viveu e
aprendeu no decorrer deste tempo; uma pessoa tão jovem pode ser infinitamente
mais sabia e “vivida” do que outra que não fez nada ao longo do seu caminho.
Quando terminei esse livro, fiquei pensando e pensando na minha vida; sabe
aquele livro que te faz pensar e refletir sobre o que vivemos e aprendemos e,
mais ainda, sobre as oportunidades que desperdiçados apenas por capricho? Por achar que podemos viver e fazer outro dia,
pois é o que o livro “A menina que semeava” nos faz pensar e refletir sobre
essas coisas.
"Eles precisavam superar a dor. Precisavam
superar o sofrimento. Precisavam abraçar a essência. Somente eles poderiam
decidir a sina de um mundo de possibilidades." Pag. 140
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