Mais uma
perda neste ano que nos deixa muito tristes, é a do dramaturgo Ariano Suassuna aos 87 anos, um autor muito
original e que valorizava muito a cultura nacional, a defendia intensamente e em
sua vida foi humanista e pensava no Brasil como um todo, gostava de estar entre
as pessoas, com o povo.
Ariano Vilar
Suassuna nascido em João Pessoa - PB, 16 de junho de 1927 foi um dramaturgo,
romancista, ensaísta, compositor, artista plástico e poeta brasileiro.
Idealizador
do Movimento Armorial e autor de obras como Auto da Compadecida e O Romance d'A
Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, foi um preeminente
defensor da cultura do Nordeste do Brasil.
Foi
Secretário de Cultura de Pernambuco entre 1994 e 1998, e Secretário de
Assessoria do governador Eduardo Campos até abril de 2014.
Filho do
então governador da Paraíba João Suassuna, nasceu num palácio, mas quando seu pai
foi assassinado durante a Revolução de 30, quando tinha 3 anos, se mudou para
Taperoá iniciando seus estudos, em 1942 se mudou para Recife e se formou em
Direito.
A sua obra
mais famosa foi O Auto da Compadecida, conquistou vários prêmios, traduzida em
9 idiomas, adaptada com enorme sucesso para o cinema, televisão e virará HQ pelas mãos do premiado ilustrador Jô Oliveira, até então Ariano não permitia pois achava isso coisa de americano, faleceu sem vê-la pronta o que o ilustrador lamenta.
Em 1957 se
casou com Zélia, e revelou que teve sorte pois casou-se com o grande amor de
sua vida, tiveram 6 filhos, ocupava a cadeira de número 32 da Academia Brasileira
de Letras.
Obras do escritor
Uma mulher
vestida de Sol, (1947);
Cantam as
harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948);
Os homens de
barro, (1949);
Auto de João
da Cruz, (1950);
Torturas de
um coração, (1951);
O arco
desolado, (1952);
O castigo da
soberba, (1953);
O Rico
Avarento, (1954);
Auto da
Compadecida, (1955);
O casamento
suspeitoso, (1957);
O santo e a
porca, (1957);
O homem da
vaca e o poder da fortuna, (1958);
A pena e a
lei, (1959);
Farsa da boa
preguiça, (1960);
A Caseira e a
Catarina, (1962);
As
conchambranças de Quaderna, (1987);
Fernando e
Isaura, (1956)"inédito até 1994".
Romances
A História de
amor de Fernando e Isaura, (1956);
O Romance d'A
Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971);
História d'O
Rei Degolado nas caatingas do sertão /Ao sol da Onça Caetana, (1976)
Poesias
O pasto
incendiado, (1945-1970);
Ode, (1955);
Sonetos com
mote alheio, (1980);
Sonetos de
Albano Cervonegro, (1985);
Poemas
(antologia), (1999).
Foi homenageado três vezes em Escolas de Samba no Rio de Janeiro e
em São Paulo.
Em suas
entrevistas, sempre era muito doce e falante, acompanhei várias e admirava sua
simpatia e paixão pelo povo brasileiro e sua cultura. Até a semana passada trabalhou ativamente em suas aulas espetáculo e ainda marcava mais, nunca parava e tinha muitos planos, dizia que era "imorrível". Mais um pra nos deixar seu legado e muitas saudades!
Fontes: Wikipédia e GloboNews
Até a próxima,
Fernanda
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