I.S.B.N.: 9788580571653
Acabamento : Brochura
Edição : 1 / 2012
Idioma : Português
Número de Paginas : 232
Editora: Intrínseca
Sinopse:
Shin
Dong-hyuk nasceu e cresceu no Campo 14, um dos imensos complexos destinados a
presos políticos da Coreia do Norte. Seus residentes estão condenados a
trabalhar até 15 horas por dia, sofrendo fome e frio, sujeitos a uma rotina de
violências sumárias – aos 13 anos, Shin assistiu à execução da mãe e do irmão
mais velho por tentarem escapar. De lá, ninguém foge. Existe apenas uma
exceção. Determinado a descobrir como é a vida do outro lado da cerca
eletrificada, Shin supera todo tipo de dificuldade e consegue deixar a Coreia
do Norte. Mas as marcas do passado ainda estão em seu corpo e assombram sua
mente, pois durante muitos anos ele guardou um terrível segredo. Em "Fuga
do Campo 14", o jornalista Blaine Harden lança luz sobre uma realidade
sinistra, que até então permanecia oculta e impenetrável ao olhar do Ocidente.
Com sensibilidade, ele acompanha a impressionante jornada de Shin rumo à
liberdade."
Resenha:
Este é o
livro mais recente que li que lembro ter ficado noites insone, e quando
adormecia logo acordava assustada pois tinha pesadelos por causa da leitura que
é densa. Estou acostumada com dramas fortes e pesados, já li vários mas ainda
me surpreendo com a maldade do ser humano(ainda bem), a que ponto chegam as
pessoas devido a ganância pelo poder e dinheiro. Pois só encontro essa
explicação pelo que acontece até hoje em dia na Coréia do Norte, nos campos de
concentração espalhados pelo país, onde várias pessoas vivem ainda como este
rapaz que conseguiu escapar conta neste tenebroso livro.
“Nas histórias de sobreviventes de campos de concentração, há um arco narrativo recorrente. Forças de segurança roubam o protagonista de uma família amorosa e de um lar confortável. Para sobreviver, ele abandona princípios morais, reprime sentimentos por outras pessoas e deixa de ser um humano civilizado.(...) A história de sobrevivência de Shin é diferente."
A história
contada neste livro é o relato de um rapaz chamado Shin Dong-hyuk (nome atual sul-coreano), que
nasceu no campo de concentração nº14, ao repórter Blaine Harden, ele é a única
pessoa que fugiu de um campo na Coréia do Norte e sobreviveu para contar sua
história.
O crime para
ele estar lá desde o nascimento, é devido seus pais terem cometido algum crime
contra o governo, então por três gerações são obrigados a pagar por seus crimes
servindo nesses campos de concentração totalmente desumanos, apesar de que
acredito que nunca existiram ou existirão algum com melhor tratamento...
O que choca é
que esses campos continuam em atividade, e lendo seus relatos, por vezes eu
parava para respirar, pois é tão chocante que chega a dar azia. O rapaz nunca
conheceu a vida fora do campo, nem imaginava o que era usar talheres, ter
comida decente na mesa além de angu de fubá, e a fome que o forçavam a passar
chegava ao ponto de ter de caçar roedores e insetos para não morrer.
O regime no
país é ditatorial então todos que são de alguma forma contra o governo são considerados
um perigo e imediatamente enviados a esses campos como prisioneiros. O livro
todo é documental, não é uma leitura com relatos ficcionais então pode soar
cansativo, mas é tão forte que não é.
“Shin é a exceção. Ele sobreviveu às cercas eletrificadas da prisão e, mesmo sem conhecer ninguém no mundo exterior, deixou para trás a Coreia do Norte. Mas, além das cicatrizes das torturas que sofreu, ele também carrega consigo as marcas de uma infância sem amor e um terrível segredo do passado. Fuga do Campo 14 revela com riqueza de detalhes o cotidiano árido e sem perspectivas dos prisioneiros políticos na Coreia do Norte, com um capítulo específico sobre as regras do campo, além de mapas do local e um caderno com desenhos feitos pelo próprio Shin. Em um relato surpreendente, o jornalista Blaine Harden lança luz sobre uma realidade até então oculta e impenetrável aos olhos do Ocidente. Com sensibilidade, ele acompanha a impressionante jornada de Shin rumo à liberdade.”
Este é um
livro forte, porém necessário, acredito que todos os adultos deveriam ler
alguma vez na vida.
Até a próxima,
Fernanda
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