quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

BookTour do Selo Brasileiro, Resenha de Ser Clara


Essa resenha é a primeira dessa edição da Booktour do Selo brasileiro que faço.


Clara é uma jovem brasiliense, de 27 anos, que está envolvida com os preparativos do casamento de sua melhor amiga, Laura. Durante a festa conhece um médico rico e famoso, o homem dos sonhos de qualquer mulher. Porém, acaba se envolvendo com um colega de adolescência. Mal sabe ela os obstáculos que viverá pela frente, tais como uma sogra desesperada e até mesmo tentativas de assassinato, até que consiga decidir o que quer da vida.
Trata-se de um livro de linguagem simples e atual, que descreve o cotidiano, os sonhos e as aventuras de uma mulher vivendo entre a realização de uma vida independente e o desejo de conhecer e viver um grande amor.
Clara, Laura, João Thomas, Léo são personagens que encontramos em nosso dia a dia, no trabalho, nos bares, nas festas. Um passeio pelos desejos e sonhos do imaginário feminino.SKOOB 


Primeiro, desculpem a imensa demora, mas final de semestre é uma época um tanto quanto dura para quem faz 8 disciplinas na faculdade como eu.

Segundo, estou a um tempão querendo ler esse livro; a história me parecia muito legal, e perto da realidade de muitas noras que tem problemas com suas sogras (ok, ok, eu confesso não sei o que é ter problemas a sogra). O livro conta a história de Clara, uma professora de português, meio fútil, MUITO vaidosa, independente (de certa forma) e cheia de dívidas carregáveis. Ela inicia como organizadora do casamento da melhor amiga com um cara que ela, Clara, detesta e que, para meu azar, tem o mesmo nome do meu amado (azar porque o cara é um FDP e eu não gosto muito de ler livros onde o FDP é Pedro). Ela é madrinha e o João Thomas, padrinho e par dela, é um amigo de Pedro; ela já imagina o pior do cara, só que então acaba conhecendo João Thomas, um médico, rico, lindo, incrível, solteiro e que ele se apaixona por ela.

Eles iniciam uma relação no dia do casamento mesmo, apesar dos contratempos que deixam a trama muito engraçada. Tudo ia muito bem até pintar a ida à casa da sogra. Natalia é uma médica rica, plastificada, esnobe e possessiva que odeia as namoradas do filho e se torna uma pedra no sapato da Clara. Nesse meio tempo, coisas estranhas começam a acontecer e tudo começa a apontar para Natalia. Ainda existe mais um agravante: a relação o ciúme de João Thomas é doentio e isso dificulta tudo.

A trama é bem elaborada, não deixa nenhum furo de enredo ou contradição (coisa que até Best Sellers como “Harry Potter” tem, mas “Ser Clara”, não). Janaina escreve muito bem e me deixou curiosa para ler mais obras dela. A única coisa que realmente não gostei da história é a Clara: eu não consigo torcer por uma mulher que é exatamente o que eu condeno em uma pessoa. Não teve como; eu torci para ela se ferrar até o final do livro, ela merecia ser dar mal e o João Thomas não merecia uma mulher como ela.

Clara tem tudo o que uma mulher deseja em um homem, apesar de ele ser muito ciumento; João Thomas não merece a forma como Clara trata a relação deles: a moça trai o namorado com outro rapaz (que ela nunca percebeu existir antes e, depois de arrumar um namorado, virou o amor da vida). Clara afirma, durante o inicio do livro, ser independente, mas deixa sem maiores problemas ele pagar todas as dívidas dela, desde a prestação do carro até o cheque especial. Ela é contraditória e desonesta com a relação dela com João Thomas e como o foco do livro era a relação deles, isso para mim não foi motivação de torcer pelo bem dela.

No fundo, eu preferia a Natalia nesse meio todo. Porém, apesar de tudo isso, não consegui desgrudar os olhos do livro: é o tipo de livro que te gruda, que você precisa saber o que se passa, apesar de detestar a personagem, eu não consegui me desligar do que acontecia, torcendo para J. T. descobrir os chifres todas as páginas.

Isso me fez tirar uma conclusão: Janaina Rico é uma grande escritora, uma das melhores que li nos últimos tempos. A coloco, hoje, no meio das minhas autoras favoritas, sem nenhuma dúvida. Eu estou louca para ler mais obras da autora, pois sei que, apesar de não ter gostado das personagens de Ser Clara, a história é ótima, bem elaborada, pensada e as minhas questões com Clara são meramente pessoais de opinião, de postura de vida mesmo. Indico como um livro muito bom, porque cada um sabe de si e, para mim, a postura das personagens pode parecer absurda, mas para outros leitores quem sabe não seja.

Bem, em minha opinião a frase “não julgue um livro pela capa” mostra bem o potencial desse livro (porque ele mostra uma mulher sentada na privada, com a calcinha abaixada e um pirulito na mão) #momentoimpressãodaSusanaON, eu gostava da capa anterior do livro, achei que essa me passava à ideia de dor de barriga do tipo estou comendo, mas preciso correr a ponto de nem soltar a comida, não sei que tipo de mensagem a capa queria passar, mas para mim e para todas as pessoas que eu mostrei o livro, a impressão foi a mesma. Isso me prova, mais uma vez, que nem sempre a capa condiz com o conteúdo, pois o conteúdo está BEM longe do banheiro: é ótimo #momentoimpressãodaSusanaOFF.

Quero muito ler “Apimentando”, para comparar com esse livro, começando pela capa (achei ela muito legal, do tipo que fomenta a leitura).

Então, leia Ser Clara e tire suas próprias conclusões, você não vai se arrepender de ler em nenhum momento.

Beijos
Susana

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3 comentários:

  1. Ficou perfeito, amiga!
    Valeu a demora.

    O começo do enredo lembra muito o do filme: A Sogra.

    Também não gosto de mulheres como Clara. Affs

    terradecarol.blogspot.com

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  2. Testando UM, DOIS, Três!!!

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  3. É satisfatório ver que a variedade de textos de autores nacionais está aumentando :-)
    Bj, Aris.

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