quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Resenha Kassan



 
Existe um mundo em que sua população desconhece a existência dos nominados Ocultos. Celebriant Devoy tinha tudo para ser uma grande Oculta, só havia um pequeno problema: ela não queria ser. Mesmo nascida em uma família privilegiada com um poder raro e destrutivo, Celebriant não aparenta estar apta a representar o papel de primogênita Devoy. Quando seu pai a chama para informá-la de uma novidade nada atraente, Celebriant sente-se completamente injustiçada. Suas desconfianças e seu poder secundário a atacam com imagens perturbadoras e ela se sente perdida. Com um noivado indesejado e sua Intueri lhe dizendo que esse caminho não é o certo, será que Celebriant vai seguir o seu destino docilmente?

Trata-se de um livro que é de fantasia e distopia ao mesmo tempo. Kassan é a primeira aventura, uma introdução a personagem Celebriant Devoy; ela era a ovelha negra da família, a menina que apesar de ser descendente de uma família que possuía o poder Kassan (um poder de destruição através do fogo) havia nascido com o poder de Intueri (poder de sentir a intenção das pessoas e um poder considerado inferior). A moça é meio que menosprezada pela própria família, colocada em segundo plano, até o certo dia em que, numa crise de fúria, seu poder Kassan desperta e ai tudo muda. Nossa mocinha passa de ovelha negra rejeitada a joia rara, pois a pessoa com dois poderes principais como ela é rara e respeitada na sociedade. Então ela acaba ganhando um casamento arranjado com um garoto, Nicolas, que é um nojento, mas é de uma das mais importantes famílias.

Porque eu entendi esse livro que se passa numa outra realidade como uma distopia? Simples, é contado que o mundo passou por uma catástrofe e se instaurou uma nova ordem, com isso pessoas com alguns poderes foram colocadas acima de outras; como em toda a Distopia, o preconceito rola solto e expressões como “ser inferior” entre outras são comuns em toda a narrativa (a própria Celebriant a usa muitas vezes ao falar com seus criados que possuem o mesmo dom que o dela).

A relação de ódio com seu prometido é o fator que, para mim, caracterizou a distopia, pois sempre acontece algo que tira a nossa mocinha do “prumo” e, com isso, ela se rebela e alguma mudança profunda acontece. Confesso que apesar do cara ser um babaca, matar mulheres e crianças inocentes a mando do imperador e tudo mais, fiquei com pena dele e torcendo por sua redenção porque, apesar de toda a rejeição, ele realmente parece apaixonado por Celebriant. Ela é repleta de dúvidas, como todo mundo, e faz escolhas sem entender se está no caminho certo ou não; ela usa sua intuição e segue em frente e isso é uma característica importante dela. Ela acaba com isso criando uma desestabilidade no sistema onde é inserida, que apenas lendo o livro você entenderá.

Numa trama muito bem elabora e escrita pela autora, nos envolvemos com as personagens de tal forma que, ao chegar ao final desse primeiro livro, nos sentimos órfãos da história e querendo mais. Recomendo muito a leitura dessa obra e recomendo a Modo que, por favor, publique o segundo (sei lá, dêem uma conversada com a autora para ver se ela libera logo a continuação).

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